sábado, 28 de março de 2009

Lógica Moderna

George Boole e Gottlob Frege

A Lógica Moderna foi fundada por George Boole (1815/11864) e por Gottlob Frege (1848/1925) no séc. XIX, apesar de pertencer a Bertrand Russell (1873/1970) e a Alfred N.Whitehead (1861-1947) o primeiro tratado sobre a Lógica Moderna, Principia Mathematica (1919/1913). Este tratado constitui uma obra clássica fundamental sobre a Lógica Moderna, também designada por Logística, Lógica Simbólica ou ainda de Lógica Matemática.

Boole tratou de forma consistente ,pela primeira vez, a lógica como um cálculo de signos algébricos em sua obra "Mathematical Analysis of Logic", publicada em 1847.Mas como a Lógica de Boole (ou lógica booleana) utiliza um sistema numérico binário, na época de sua descoberta não foi utilizada. Mas com a criação dos computadores a utilização do sistema binário tornou-se indispensável, devido à Álgebra Booleana ser a base da teoria dos conjuntos, ela foi fundamental para o desenho dos circuitos nos computadores eletrônicos modernos, foi importante ainda porque acabou com as restrições impostas à lógica desde Aristóteles, afirmando que existia uma infinidade de raciocínios válidos e uma infinidade de raciocínios não válidos.

George Boole estabeleceu dois princípios fundamentais em que assenta a lógica booleana, e que são:

  • Princípio da não contradição: "Uma proposição não pode ser, simultaneamente, verdadeira e falsa";
  • Princípio do terceiro excluído: "Uma proposição só pode tomar um dos dois valores possíveis - ou é verdadeira ou é falsa - não sendo possível terceira hipótese".

Assim como na matemática clássica, com os valores e variáveis numéricas, é possível definir operações e funções numéricas, também na lógica booleana são definidas operações lógicas e estabelecidas funções (expressões) booleanas.

Na lógica Booleana, o zero (0) representa falso, enquanto o um (1) representa verdadeiro. Para trabalhar com esses valores e torná-los algo lógico, que possa ser aplicado, são necessárias as chamadas PORTAS LÓGICAS. Elas são basicamente dispositivos, ou circuitos lógicos, que operam um ou mais sinais lógicos de entrada para produzir uma e somente uma saída, dependente da função implementada no circuito. O comportamento das portas lógicas é conhecido pela tabela verdade que apresenta os estados lógicos das entradas e das saídas. As mais conhecidas são: NOT, AND, OR e XOR.

Só mais tarde, no século XIX é que a nova lógica se impôs. Para isto, contribuiu Gottlob Frege, que ao contrário de Aristóteles, e mesmo de George Boole, que procuravam identificar as formas válidas de argumento, a preocupação básica de Frege era a sistematização do raciocínio matemático, ou dito de outra maneira, encontrar uma caracterização precisa do que é uma “demonstração matemática”. Ele foi o primeiro a apresentar o cálculo proposicional na sua forma moderna. Frege havia notado que os matemáticos da época cometiam frequentemente erros nas suas demonstrações, supondo assim que certos teoremas estavam demonstrados, quando na verdade não estavam. Para corrigir isso, Frege criou um sistema de representação simbólica para representar formalmente a estrutura dos enunciados lógicos e suas relações e a invenção do cálculo dos predicados, introduziu a função proposicional, o uso de quantificadores e a formação de regras de inferência primitivas. Procurou em síntese criar todo um sistema capaz de sistema capaz de transformar em raciocínios dedutivos todas as demonstrações matemáticas. Para isso todas as demonstrações foram traduzidas num vocabulário fixo um certo conjunto de modos de tradução. Nesta notação, a construção de cada frase, o seu significado, e o modo como no raciocínio se deduziam os novos passos a partir dos anteriores, tudo devia de ser devidamente explicitado. O resultado que revolucionou a lógica, foi a criação do cálculo de predicados (ou lógica de predicados) e com Frege passa-se da álgebra da lógica (matematização do pensamento) à logística (logicização das matemáticas) e mesmo ao logicismo (redução das matemáticas à lógica).

A lógica simbólica, não veio substituir a lógica aristotélica: veio aperfeiçoá-la, servindo-lhe de complemento. Ela baseia-se no uso de simbolismo, que possibilita uma ultrapassagem das ambiguidades da linguagem corrente, e no cálculo lógico, que torna mais exata a determinação da validade de raciocínios.


Lógica Aristotélica

Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C)

Aristóteles, considerado o Pai da Lógica, foi quem sistematizou e definiu a lógica como a conhecemos, constituindo-a como uma ciência autônoma, porém a palavra lógica só viria a ser criada no período Helenístico. Apesar dos enormes avanços da lógica, sobretudo a partir do século XIX, a matriz aristotélica persiste até aos nossos dias. Os principais escritos de Aristótoles sobre lógica, foram reunidos pelos seus continuadores após a sua morte, numa obra a que deram o nome de "Organon", e que significa "Instrumento da Ciência". Existem duas características fundamentais para a Lógica Aristotélica: o aspecto formal e o rigor dedutivo.
Pelo aspecto formal entende-se que, seja qual for a matéria (ou assunto) a que o nosso pensamento se aplique,
três leis formais supremas condicionam o seu exercício e garantem a sua validade. São elas: o princípio de identidade (dizer que o que é é, e o que não é não é, é verdade), o princípio de não-contradição (é impossível que algo seja e não seja ao mesmo tempo) e o do terceiro excluído (qualquer coisa, ou deve ser afirmada, ou negada).
Pelo
rigor dedutivo entende-se que, admitida a verdade de certas proposições (premissas), as consequências que daí resultam serão necessariamente verdadeiras uma vez que nos conformemos com os princípios anteriormente enunciados e com um pequeno número de regras deles derivadas.
Este filósofo revelou-nos também, que a lógica é um instrumento de que as ciências se servem a fim de apresentarem raciocínios corretos.
Porém a partir do século XVI a lógica aristotélica começou a ser questionada. Os métodos dedutivos que a mesma preconizava para a investigação científica, começam a ser postos em causa, com o chamado “a ciência experimental”. A partir do particular os cientistas procuram agora atingir o universal, e não o contrário, como preconizava a lógica aristotélica. Rompeu-se assim com os estudos seculares da lógica dedutiva e procurou-se fundamentar as regras do raciocínio indutivo. A lógica formal entra num período de descrédito, devido às criticas de filósofos como Francis Bacon (1561-1626) e R. Descartes (1596-1650). A principal obra de F. Bacon -Novo Organon- , indica desde logo a sua intenção de substituir o organon aristotélico. Tratava-se de criar um novo método de investigação científica- o método indutivo-experimental.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Perfil

O perfil profissional de um bacharel em ciência da computação é de um solucionador de problemas, sejam esses ligados à rotina administrativa de alguma empresa ou de cunho social.
No primeiro caso, o profissional deve selecionar, ou até mesmo criar, softwares adequados às necessidades empresariais, se tornando assim um agente transformador do mercado de trabalho, graças às implementações de novas tecnologias.
Um profissional da computação deve adotar uma postura crítica em relação à realidade socioeconômica, desenvolvendo trabalhos para disseminar o conhecimento sobre a área da computação.
Até o presente momento, tenho dúvidas quanto a dedicar-me à pesquisa cientifica ou ingressar como empreendedora no mercado da informática. As únicas certezas a respeito do que virá são manter-se constantemente atualizada e estudar sempre para adaptar-se às novas situações.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Primeiros contatos com a UFS e com o curso

A UFS foi apresentada pela Professora Leila por meio de um seminário que abordou os cursos do Departamento de Computação, estrutura institucional da Universidade, entre outras coisas. Ela deu ênfase às instituições que seriam mais presentes na nossa vida universitária.
O Departamento de Assuntos Acadêmicos – DAA é responsável pelo controle da vida acadêmica do aluno, é no DAA que devem ser resolvidos os problemas acadêmicos, ele age como intermediário entre estudantes e as Pro - Reitorias e por conseqüência a Reitoria.
O Departamento de Computação – DComp, composto pelo corpo docente, é o responsável pelos cursos: Engenharia da Computação, Ciência da Computação e Sistema de Informação.
A representação discente é feita pelo Diretório Central dos Estudantes – DCE, que congrega todos os alunos da UFS, e pelos Centros Acadêmicos, formados pelos alunos de cada curso, no nosso caso o Centro Acadêmico Livre de Computação – Calicomp.
O Calicomp é o representante dos alunos do DComp, não estando subordinado à nenhuma outra instituição. Ele promove os interesses dos estudantes nos aspectos acadêmicos, sociais, econômicos e políticos, exercendo nossos direitos junto aos órgãos colegiados da UFS, fazendo a mediação entre os estudantes e a Universidade.
Livre como o Calicomp tem a Software Team – Empresa Junior de Informática da UFS, mais conhecida como Softeam, uma empresa fundada em 1997 que atua na área da Tecnologia da Informação. Ela é composta por graduandos de Ciência da Computação e realiza serviços de alta qualidade a baixo custo integrando os alunos ao mercado de trabalho. A Softeam objetiva a formação de profissionais mais experientes e melhor preparados para a sociedade.
Além de tudo isso já mencionado a Professora Leila ressaltou a importância da Sociedade Brasileira de Computação. A SBC é uma sociedade científica sem fins lucrativos, composta por pesquisadores, estudantes e profissionais, que promove eventos e apóia atividades relacionadas à computação, uma de suas grandes preocupações é assegurar a emancipação tecnológica do país. A SBC é afiliada à Computer Society (IEEE).
Diante do que nos foi colocado, pela Professora Leila, prestamos agradecimentos, desde já, por guiar nossos primeiros passos na Universidade e em direção à Tecnologia e Computação.

Sites úteis:
DAA
DComp
Calicomp
Softeam